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A intercisão (também chamada de seccionamento) era o nome dado ao processo no qual a ligação entre um humano e seu daemon era cortada.

O trauma causado geralmente levava à morte da pessoa, mas, com certas técnicas específicas, era possível que uma pessoa com o daemon cortado permanecesse viva.

Técnicas[]

A intercisão poderia ser realizada através de algumas técnicas conhecidas:

Técnica africana[]

O que se sabe sobre essa técnica é que ela era utilizada pelos africanos na criação de zumbis - escravos sem vontade própria que trabalhavam dia e noite sem fugir nem reclamar. Marisa Coulter viu essa técnica em uma de suas viagens pela África e, assim, soube que era possível separar o daemon do corpo sem matar a pessoa, mais tarde usando esse conhecimento em seu trabalho de intercisão.[1]

À força[]

A técnica mais simples de intercisão consistia em separar um humano de seu daemon usando a força. Um daemon deveria permanecer próximo de seu humano o tempo todo, pois, quanto mais distantes um do outro, mais forte era a angústia, dor e saudade. Se os dois estivessem significantemente afastados, o elo entre eles poderia ser cortado permanentemente.

Os escraelingues realizavam essa técnica muito melhor à mão, pois tinham séculos de prática. Os médicos de Bolvangar, porém, não conseguiam anular inteiramente o risco da morte do paciente por choque. Durante algum tempo, essa técnica era a única opção para eles, embora perturbasse os cirurgiões, muitos dos quais tiveram que ser dispensados por problemas de ansiedade.

O Processo Maystadt[]

O Processo Maystadt era uma técnica de intercisão mais avançada, que consistia no uso da anestesia combinado com o bisturi ambárico de Maystadt, que era usado para cortar o elo entre um humano e seu daemon. Os médicos conseguiram reduzir a menos de cinco por cento o risco de morte por choque operatório.

Guilhotina Prateada[]

A guilhotina prateada era um instrumento seccionador desenvolvido pelo Conselho Geral de Oblação que sucedeu o Processo Maystadt. A intercisão pelo Processo Maystadt não poderia ser feita com o paciente consciente, então foi desenvolvida uma espécie de guilhotina, baseada em uma descoberta feita por lorde Asriel de que uma liga de manganês e titânio (mesmo material que compunha uma parte da faca sutil) tinha a propriedade de isolar o corpo e o daemon. A lâmina da guilhotina era feita com essa liga de manganês e titânio, e a criança era colocada em uma cabine, de tela feita da mesma liga, com o daemon em uma cabine igual, ligada à primeira. A lâmina caía entre eles, cortando o elo entre os dois e tornando-os entidades separadas.

Esse modelo era considerado o mais avançado, quando comparado às técnicas mais antigas de intercisão.

Referências[]

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