Mulefas são criaturas estranhas de outro mundo que existem há cerca de trinta e três mil anos.
Morfologia[]
Os mulefas são criaturas conscientes como os humanos, embora apresentem uma aparência animalesca. São quadrúpedes, embora suas patas são dispostas em um losango: uma anterior, uma posterior e duas no centro do corpo. Esta configuração os classifica como invertebrados, já que não possuem uma coluna vertebral. São de cor cinza, possuem chifres na cabeça e uma tromba como a de um elefante. Eles possuem a capacidade de agarrar, com as patas da frente e de trás, nozes das árvore-das-rodas para se locomoverem como uma espécie de bicicleta.
Cultura[]
Sociedade[]
Os mulefa tem uma sociedade ainda tribal, porém bastante avançada, aparentando ser ainda da Revolução Neolítica. Tem casais monogâmicos, que usam um anel de mineral bruto (sendo a única coisa que o metal tem uma utilidade entre os Mulefa) para simbolizar a união após o casamento, tem uma dieta onívora, cada vila tem um ancião e estas vilas são organizadas em várias casa e armazéns de alimento e nozes, além de locais de plantação e de pastoreio.
Mary descreve a sociedade dos mulefas como muito prática: Os mulefas são muito ligados às coisas do dia-a-dia com o que convivem, e possivelmente não possuem um conhecimento muito aprofundado de matemática e outras ciências teóricas.
Uma coisa que determina a sociedade Mulefa é a simbiose com as árvores-das-rodas. Além do uso das nozes delas como rodas, é do óleo das nozes que vem todo o conhecimento Mulefa, já que tem uma quantidade significativa de sraf.
Tecnologia[]
Tecnologicamente os Mulefa estão numa situação que se aproxima da Idade do Cobre. Eles tem uma linguagem própria, não fazem construções de mais de um nível e não entram na água. São capazes de pescar e criar rebanhos, de onde utilizam carne, couro, leite até ossos. Além de tudo isso, tem o conhecimento da culinária. Porém, eles desconhecem a escrita, a energia elétrica e os metais são utilizados somente como ornamento, sem ser muito avançado.
História[]
Os mulefas registram o início de sua história a trinta e três mil anos atrás, quando o primeiro mulefa foi incitado a colocar a noz das árvores-das-rodas em suas patas por uma serpente falante (semelhante à história de Adão e Eva).
A cerva de 300 anos atrás, os mulefas e as árvores-das-rodas vêm sofrendo com a escassez do Pó que banhava as árvores-das-rodas e inevitavelmente os mulefas. Esta crise começou quando a Liga fabricou a faca sutil, cujas aberturas não fechadas alteravam a corrente natural do pó entre os mundos. Em resposta, os mulefas começaram a cuidar das rodas e os bosques de suas árvores com muita atenção, separam grupos para diferentes bosques, contam e recolhem cada noz encontrada e acompanham o crescimento das árvores.
Como as nozes precisam de atrito e desgaste intensos para quebrarem e liberarem as sementes, ambos os seres são beneficiados.
Linguagem Mulefa[]
Os Mulefas tem uma linguagem que, além de se usar do som, se usa do movimento para diferenciar as palavras, e por isso, a tabela tem três colunas: a palavra; o movimento; a tradução. Como forma de organizar mais facilmente, na tabela as colunas estão escritas como Dito (palavra), Gesto diferencial (movimento) e Tradução.
Embora o autor não tenha listado a grande maioria das palavras, as que aparecem são:
Palavra dita | Gesto diferencial | Tradução |
---|---|---|
chuh (lido como tchurr) | Tromba gira da esquerda para direita | água |
chuh (lido como tchurr) | Tromba enrolada na ponta | chuva |
chuh (lido como tchurr) | Tromba enrolada para baixo | tristeza |
chuh (lido como tchurr) | Tromba dá um peteleco rápido á esquerda | brotos de relva |
sraf | tromba sacudida para esquerda | O pó |
zalif | não descrito | forma singular para Mulefa |
Mulefa | Não descrito | Plural de Zalif |
Indivíduos notáveis[]
Curiosidades[]
- Originalmente a palavra "mulefas" não existe: zalif é a designação em singular e mulefa a designação em plural, como Mary descobre durante A Luneta Âmbar. Entretanto, a tradução em português brasileiro opta por usar o termo "mulefas". A palavra mulefa raramente aparece na tradução de A Luneta Âmbar.